Secas, Crise Hídrica e Áreas de Preservação Permanente

 

Com as mudanças climáticas em franca expansão o setor agrícola tem lidado cada vez mais com o problema das secas gerando quebra de safra. Além de ser um problema para a geração de renda no setor ele também é uma preocupação quanto à segurança alimentar da humanidade cuja necessidade de comida tente a crescer com a expansão da população. O que pode fazer mais gente no mundo passar a ter riscos de passar fome.

Em geral se houve muitas vozes indicando a irrigação como saída para diminuir esse risco. São apontados sempre os mesmos caminhos. O uso de tecnologia de irrigação mais eficiente que use menos água, grandes obras de transposição de bacia e a necessidade de mais estruturas de armazenamento dos excessos de chuvas para uso nos meses de escassez. Continue lendo

Nossas praias estão morrendo

Esse verão de 2024, como todos os anos, os órgãos ambientais dos estados estão dando informações semanais sobre a condição de balneabilidade das nossas praias. Infelizmente os fatos apresentados são preocupantes. Cada vez mais praias dos litorais gaúcho e catarinense estão ficando impróprios para banho Continue lendo

O Grande Impasse da Humanidade

 

Vejo a humanidade diante de um grande impasse. A corrida armamentista, os conflitos políticos regionais e mundiais, a superpopulação, a crescente devastação dos recursos naturais e dos ecossistemas silvestres, a competição, a carência de trabalhos que dê auto realização, a falta de contato humano, as guerras, acidentes atômicos, poluição do meio ambiente, violência, contaminação dos alimentos por produtos tóxicos, uma vida totalmente desligada dos ciclos naturais, as doenças degenerativas, as mudanças climáticas e toda uma série de outros problemas.

Todos pondo a humanidade diante da perspectiva de um ponto de não retorno. Temos hoje a capacidade de autodestruir-nos rapidamente no caso de uma guerra atômica ou lentamente se não forem revertidos certos processos de agressão ao ambiente natural ou a nossa saúde. Continue lendo

Aventuras com o Fughetti Luz

2023 marcou o ano em que o Rock brasileiro perdeu um dos maiores de seus talentos. Falo de Fughetti Luz que conheci ainda nos anos 80/90, graças ao meu amigo Marco Kirsch que era um baita fã dele. Continue lendo

A contribuição da imigração alemã para a formação da consciência ecológica brasileira

 

O Brasil é uma referência mundial em termos de movimento ecológico. Ele também é um país que acolheu, especialmente no sul, migrantes de origem alemã a partir do século 19. Essa massa de gente começou a se fixar em 1824 em São Leopoldo-RS após umas tentativas não bem sucedidas no norte do Brasil.

Eles contribuíram em muitas coisas na cultura do país. Uma das suas contribuições mais interessantes foi o papel de lideranças de origem germânica que ajudar a construir o movimento ecológico no Brasil. Continue lendo

O sistema de gestão das águas e os eventos climáticos extremos

A reflexão mais importante que podemos fazer nesse mês setembro de 2023, enquanto assistimos a devastação causada por enchentes, poucos meses depois de uma longa estiagem do ponto de vista do Sistema de Gestão das Águas é que o Estado do RS chegou a esse ponto por não ter aproveitado melhor o seu Sistema Estadual de Recursos Hídricos (SERH). 

Ele foi criado em 94, depois de uma grande luta popular, em várias regiões do Estado, mas até hoje não foi plenamente implantado.

Muitas coisas seriam diferentes no enfrentamento dos desafios das estiagens e das enchentes se o sistema tivesse evoluído como previsto na sua origem. Continue lendo

A morte lenta da arborização de Porto Alegre

Quem conhece um pouco de ecologia sabe que o ambiente urbano tem características bem diferentes de uma floresta. O micro clima em geral é mais seco por ter mais vento e menos evapotranspiração. O solo não tem reposição de nutrientes pela queda de material orgânico e é mais seco por ser menos permeável.

Por isso é meio óbvio que as árvores vivem menos em ambiente urbano que nas matas naturais. A gente não costuma perceber isso porque, mesmo sofrendo num ambiente hostil, elas costumam viver mais que a maioria das pessoas. Mas isso não significa que sejam eternas. Continue lendo

Economia e Ecologia: parceiras ou adversárias?

 

O senso comum geralmente indica que Economia e Ecologia são ciências em constante conflito. Quem defende essa tese quase sempre entende que a Economia deve ser priorizada e que defender a Ecologia é um luxo defendido por alguns lunáticos românticos.

Quem defende que a Ecologia é mais importante, em muitos casos, tende a demonizar a Economia como a causa de todos os males do mundo. Continue lendo

Um bioma é mais importante que outro?

 

Esse é uma pergunta bem interessante de se fazer. Hoje em dia temos muitas formas de comparar os biomas em termos quantitativos.

A mais usada é a do índice de biodiversidade. Quantas mais espécies por unidade de área do terreno mais rico em biodiversidade é o bioma. Essa visão embasa a famosa teoria dos hot spots. Locais no mundo com maior biodiversidade. Continue lendo

Um breve histórico da atuação do Comitesinos

Um breve histórico da atuação do Comitesinos

O Comitesinos foi criado em 1988. Está sediado na Unisinos. Local onde se realizou o seminário que, em 1987, deu origem a proposta de sua criação depois de um longo processo de mobilização da sociedade da região e de agentes do Estado e da pesquisa.

Seu primeiro secretário executivo foi o geólogo Henrique Fensterseifer, professor da Unisinos, com o apoio da bióloga Mara Medeiros.

Nos primeiros tempos, por falta de uma legislação orientadora da gestão das águas, ele atuava como um fórum de resolução de conflitos pontuais e por grupos de trabalho temáticos. Continue lendo