Um breve histórico da atuação do Comitesinos

Um breve histórico da atuação do Comitesinos

O Comitesinos foi criado em 1988. Está sediado na Unisinos. Local onde se realizou o seminário que, em 1987, deu origem a proposta de sua criação depois de um longo processo de mobilização da sociedade da região e de agentes do Estado e da pesquisa.

Seu primeiro secretário executivo foi o geólogo Henrique Fensterseifer, professor da Unisinos, com o apoio da bióloga Mara Medeiros.

Nos primeiros tempos, por falta de uma legislação orientadora da gestão das águas, ele atuava como um fórum de resolução de conflitos pontuais e por grupos de trabalho temáticos.

O rio dos Sinos e o Comitesinos

 

O rio dos Sinos é um curso d água extraordinário. Um ente mágico. Por um lado ele é uma fonte de vida para todos os seres vivos que habitam o seu vale. Literalmente ele corre nas veias de quem bebe suas águas. As mesmas que movimentam diversas atividades econômicas no campo e na cidade da região.

Se por um lado ele é forte por outro ele é bem frágil na medida em que sofre com todos os impactos da atividade humana que afetam a disponibilidade e a qualidade das águas no seu leito. Isso o coloca num estado de permanente atenção para que continue um rio vivo capaz de manter seu aspecto sócio cultural mais importante que é o de ser o fator de identidade de todos que vivem às suas margens e formadores.

A comunidade Kaigang Por Fi Ga

 

Desde o final dos anos 90 famílias de Kaigangs têm vindo da reserva indígena de Nonoai, no norte do RS, para a cidade de São Leopoldo. Seu objetivo eram vender artesanato para o sustento. O curioso é que inicialmente o objetivo era ir pra Porto Alegre. Mas nesse esforço acabavam sempre parando em São Leopoldo nas margens do Rio do Sinos. Segundo relatos orais depois de um tempo eles acabaram optando por São Leopoldo porque sentiram um chamado de seus antepassados para reocupar um território tradicional na região do Sinos.

De fato, embora muitos esqueçam, o rio dos Sinos era parte do território tradicional Kaigang. Eles vinham nas suas margens pescar e coletar antes da chegada dos europeus a região. Esse contato inicial não foi muito pacífico, havendo relatos de vários conflitos entre os colonos e os chamados Bugres (denominação depreciativa da época colonial aplicada a todas as populações indígenas do Sul pelos Europeus de Açores, Alemanha e da Itália). Conflitos que por muito tempo afastaram esses povos da região.

Os Ipês e Corticeiras do alto Sinos e Gravataí

No fim do inverno quem se desloca pelas estradas menores, na parte alta dos vales do Sinos e do Gravataí, rumo ao litoral é brindado com um espetáculo muito bonito.

AS MATAS CILIARES DE ARROIOS URBANOS DE NOVO HAMBURGO

 

O Código Florestal Brasileiro protege as matas ao longo dos rios. Especialmente àquelas ainda intactas. Ele também reconhece que áreas há muito tempo alteradas em zonas urbanas estão consolidadas. Nesta situação não cabe mais restauração. O que não autoriza a devastação de matas nestas mesmas áreas urbanas em moldes similares como querem alguns.

Comentamos estes fatos porque Novo Hamburgo apresenta ainda muitos arroios com trechos de matas bem preservadas que cumprem importante papel ambiental na zona urbana da cidade.

Noia campeão – Um título para uma geração

 
A vitória do Noia na final do Gauchão foi um jogo incrível! A culminância de um campeonato incrível. Uma vitória justa, mesmo contra todo tipo de força contrária dentro e fora do campo.

Uma emoção genuína, como bem diz seu Marcos Fehse, nosso torcedor símbolo, que só um time pequeno pode nos proporcionar.

Uma vitória da escala humana num mundo tão brutal.

Por sua raridade lembra uma flor que brota no Atacama.

As Montanhas do Vale do Sinos

Muito se fala do rio do e das partes baixas quando discutimos a pauta ambiental do Vale do Sinos. Mas todos sabem que as caixas dágua de um rio são suas partes altas.

É nos divisores de água que mais chove e onde estão as nascentes de nossa região. Mesmo não sendo montanhas enormes como Andes, Alpes ou Himalaia nem por isto deixam de ser notáveis formações naturais os morros que emolduram nosso vale.

AS FLORESTAS DO VALE DO SINOS

 

Quem consultar o inventário florestal do Estado do Rio Grande do Sul vai verificar uma coisa bem interessante quanto a situação das nossas florestas nativas aqui no Vale do Sinos. Este estudo concluído em 2001 e publicado  em 2002 mostra que a nossa região tem o maior índice de cobertura florestal de todo o Estado. São cerca de 1 653 km2 de florestas. O que corresponde a quase 38 por cento de todo o território da bacia. O dado é muito significativo se consideramos que este índice de cobertura varia de 3 a 37 por cento nas demais bacias do estado.

A IMPORTÂNCIA AMBIENTAL DOS BANHADOS

Os banhados são ecossistemas fundamentais à vida e a qualidade das águas de uma região. Por estarem na interface das terras secas e dos corpos hídricos eles prestam uma série de serviços ambientais para o ser humano e a vida selvagem.

MATAS CILIARES DO VALE

Um dos temas mais debatidos entre as ações de recuperação da bacia hidrográfica do Sinos é a questão da recuperação das matas ciliares. Este é um dos temas mais importantes dentro do planejamento de um território. Mas também é um dos assuntos mais polêmicos devido à dificuldade de compreensão da importância destas formações naturais para a conservação da biodiversidade e para o equilíbrio da disponibilidade de água numa região. Mesmo a academia tem dedicado pouca importância ao tema das matas ciliares tendendo a incluí-la como parte das formações naturais de uma região e pouco estudando sua especificidade.